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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Eram os deuses astronautas? Astronautas divinos abandonaram na Austrália os ornitorrincos?

Wolfgang Schmidt Mustard Gruënenwald da Zilva, de Blumenau do Meio, Santa Catarina do Oeste, pergunta se O Ornitorrinco está novamente em guerra contra as religiões.

Evidentemente que não, caro e ilustre Wolfgang, é apenas o nosso modesto e limitado jeito de lutar contra a ignorância e contra o atraso ou, dito de outra maneira, trata-se de quase raquítico esforço para manter janelas e portas abertas, as luzes acesas e pessoas pensando, até porque o problema definitivo dos crentes é que jamais leram seus livros supostamente sagrados, bíblia, corão ou qualquer outro, não importa que nome tenham.

Se tivessem feito, meus amigos, encontrariam tantas contradições e absurdos, e falácias, porcarias e mentiras que desistiriam, racionalmente e sem nenhum drama da sua fé cega.

Todos os dias padres sob batinas, pastores engravatados, mulahs de turbante e outros intermediários inúteis - porque mentem que são capazes de conectar a ignorância e o medo das pessoas a deuses inexistentes - todos os dias, repetimos, quando contam a grana depositada nas sacolinhas, agradecem a monumental preguiça mental dos seus rebanhos porque, é evidente, sem ela estariam acabados, dormiriam no escuro e sem tomar banho porque não pagariam as contas de luz e água e, vejam só, ainda haveria o problema do que comer no jantar.  

Entre um padreco cagão e seu bispo mentiroso dado ao masoquismo doentio da autoflagelação, um mulah de turbante ou um pastorzinho homofóbico eu prefiro o horoscopista da esquina, a cigana que lê mãos ou a velha maluca que percebe e define o destino na borra de café, ou mesmo o bêbado algumas vezes inconveniente, porque esses não fazem mal a ninguém, no máximo nos entregam placebos adoçados e, ao fim e ao cabo, não nos convocam para matar infiéis ou, como andou a fazer recentemente a tropa de choque destes deuses completamente inúteis, não nos pediriam para votar no patife do josé serra.

Assim sendo, meu prezado Wolfgang, espero que você, ao receber o seu suado e merecido salário, vá tomar umas cervejas, sem exageros, e leve sua companheira para uma bela noitada em algum motel.

O Ornitorrinco garante que o deus formidável das artes da boa foda e das trepadas resplandescentes – que também não existe, igualzinho aos outros deuses inúteis – ficaria muito feliz, e sua companheira, Wolfgang, que existe mesmo e é lindona, bem, imagino, ela gozaria umas duzentas e selvagens vezes e você estaria salvo, forever, e por merecimento.

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